CONTROLE POPULACIONAL - SAIBA MAIS SOBRE CASTRAÇÃO

sábado, 7 de agosto de 2010 | Published in | 0 comentários

  • A importância da Castração

    A Esterilização (Castração) é uma das propostas de nossa plataforma. À médio e longo prazo, é a única maneira correta de diminuir o excesso de animais abandonados pelas ruas.
    É a forma correta para o Controle Populacional dos animais. Há mais animais de estimação nascendo do que há casas para eles. São mortos milhares de cães e gatos nos todos os anos, porque ninguém os quer. A grande maioria dos animais que são mortos, não são idosos, machucados, doentes ou são anti-sociais. São jovens, amigáveis e brincalhões.

    A Esterilização é uma cirurgia realizada por um médico veterinário que impede a reprodução dos animais. É feita sob efeito de anestesia geral, são seguras, rotineiras e relativamente indolor. Geralmente no mesmo dia o animal volta pra casa e de sete a dez dias é feita a retirada dos pontos. Os animais podem ser esterilizados à partir dos dois meses de idade sem que haja interferência no seu desenvolvimento e formação. Não é necessário aguardar o 1º cio de sua cadela ou gata para ser castrada. Quanto mais cedo melhor! Evita problemas futuros de saúde ao seu animal.

    Atenção:
  • A castração não deixa o animal gordo, a não ser que ele não faça exercícios físicos.
  • A esterilização ainda é a única solução, que não atingirá a saúde de seu animal, para evitar crias indesejáveis (descontrole populacional) e conseqüentemente o abandono, que é considerado maus tratos aos animais, proibido por lei.
  • É importante vermifugar e vacinar o seu animalzinho periodicamente para que ele esteja devidamente imunizado contra doenças infecto-contagiosas e parasitárias. Como também mantê-lo limpo de pulgas e carrapatos.
A cirurgia implica em grandes vantagens como:
  • Fêmeas prenhes comem muito mais, tanto durante a gravidez, quanto depois de a ninhada ter nascido. Os cuidados de saúde para uma fêmea prenhesão caros.
  • Criar os filhotes é muito caro, é a alimentação, vermifugação, vacinação, anúncios e doação dos mesmos, consome muito tempo.
  • Evita o descontrole populacional, oferecendo melhores condições de vida aos animais.
Em Cães
  • Redução em 90% do risco de câncer de útero, ovários e mama nas fêmeas e próstata nos machos;
  • O macho perde o hábito de urinar para marcação de território e de fugir em busca de fêmeas, evitando com isso transtornos com vizinhos e brigas com outros animais devido aos cios;
  • A fêmeas não apresentam mais o cio. As cadelas param de sangrar. O cão esterilizado continua com as mesmas características de guardião de seu território. Os animais ficam mais tranqüilos;
Em Gatos
  • A fêmea esterilizada é menos propensa a desenvolver câncer ou piometra, uma infecção uterina comum em fêmeas não castradas.
  • As fêmeas no cio urinam e defecam em lugares inapropriados e mancham carpetes e mobília. Além disso, elas atraem machos briguentos, barulhentos e incômodos. Param com os miados excessivos. Esterilizá-las elimina este problema.
  • Os machos castrados são menos propensos a sofrer de infecções ou doenças nas glândulas reprodutivas ou prostáticas, ou desenvolver problemas genito-urinários. Essas doenças podem levar a doenças nos rins, o problema mais comum em machos não castrados com mais de cinco anos de idade.
  • Os machos não castrados fazem “spray”, um ato típico de urinar para marcar o território tanto dentro como fora de casa. Esse spray tem um odor inconfundível, de tão forte. Castrar os gatinhos ainda jovens ajuda a eliminar este problema.
Cães e Gatos - CASTRAR SIM ... e quanto antes melhor!
Quem convive com cães sabe. De repente, lá pelos 8 meses de idade, o filhotinho brincalhão começa a ficar adulto. Ou seja, a ter atitudes como ser possessivo; brigar com cães sem ser por brincadeira; encarar postes, pés de mesas e outros objetos como pontos do território a serem demarcados com urina; montar em cães, pessoas da casa ou visitas sem a menor cerimônia, entre outras artes. Na fêmea, de repente, aparece o sangramento do cio e suas conseqüências, como sangue no tapete e a presença dos cães da vizinhança na porta de casa.

O início da puberdade – que nada mais é do que o começo da produção dos hormônios sexuais – significa mudanças para sempre no organismo e no comportamento do cão, que podem ser o ponto de partida para problemas de relacionamento com o dono e o desenvolvimento de maus hábitos. Por esse motivo, cada vez mais os comportamentalistas estão optando por recomendar a castração ... de preferência antes dos 8 meses de idade.

A ação dos hormônios sexuais dá início a comportamentos que podem continuar mesmo depois da castração, devido ao cão se acostumar a eles.

Do ponto de vista veterinário, a castração é o único meio de evitar a reprodução que previne, ao mesmo tempo, tumores no aparelho reprodutivo, muito comuns nos cães com idade madura e mais avançada. O problema resulta de um processo de multiplicação exagerada de células em órgãos do aparelho reprodutor, estimulado pelos hormônios sexuais.

Castrar a fêmea antes dos 8 meses também é recomendado. Nas cadelas que fazem a cirurgia depois entrar na puberdade, os casos de tumores na mama diminuem, mas não se tornam quase nulos, como acontece quando a castração é precoce.

No Brasil, há veterinários castrando a partir dos 2 meses de idade, costume mais generalizado nos Estados Unidos. As técnicas cirúrgica e anestésica usadas em nosso país permitem realizar a castração precoce com grande segurança. É o caso da anestesia inalatória: o cão dorme sedado, inalando um gás anestésico por um tubo ou máscara. A cirurgia é feita rapidamente, com pequenas incisões – nos machos a operação dura apenas 20 minutos e 40 nas fêmeas, sem precisar de internação.

Nos Estados Unidos, torna-se cada vez mais comum castrar filhotes com apenas 7 ou 8 semanas de vida, já que a recuperação da cirurgia é mais rápida. Elimina-se qualquer chance de gravidez precoce, e a tecnologia permite esse avanço.

Perde adeptos a opção pela castração com cerca de 1 ano de idade, para dar tempo de os hormônios sexuais agirem. Não foram jamais provadas as teorias pelas quais essa estratégia estimularia a hipófise a produzir o hormônio do crescimento, a desenvolver a ossatura e o macho a ganhar massa muscular. Pelo contrário, não é raro ver cães castrados mais desenvolvidos que seus irmãos de ninhada não castrados.

CORRIGINDO COMPORTAMENTOS – A castração ajuda a corrigir comportamentos indesejados, é o que garante um estudo feito em cães machos pelo Veterinary Medical Teachiong Hospital, da Universidade da Califórnia em conjunto com o Small Animal Clinic, da Universidade de Michigan. Bastou a cirurgia ser feita para, em grande parte dos casos, cessar o comportamento indesejado.
  • Fugir – 94% dos casos foram resolvidos, 47% deles rapidamente.
  • Montar – 67% dos casos foram resolvidos, 50% deles rapidamente.
  • Demarcar território – 50% dos casos foram resolvidos, 20% deles rapidamente.
  • Agredir outros machos – 63% dos casos foram resolvidos, 60% deles, rapidamente.
Nos cães castrados, a agressividade por defesa territorial ou por medo não foram alteradas.
Alguns cães ficaram mais calmos e mais carinhosos, mantendo maior proximidade física com os donos, e deixando de encarar qualquer movimento como provocação.

CASTRAÇÃO PRECOCE OU NÃO?
COMPORTAMENTO e SAÚDE
CASTRAÇÃO DEPOIS DE 8 MESES
CASTRAÇÃO ANTES DE
8 MESES
Estabilidade de comportamento

Maior

Muito maior
Agressividade
por disputa sexual

Menor

Muito menor
Brigas
Com outros cães

Menos

Muito menos
Montar em outros
cães ou pessoas

Menos

Quase nulo
Demarcação de território
com urina

Menos

Quase nula
Possessividade
exagerada

Menor

Muito menor

Tendência a engordar

Alta

Mínima

Probabilidade de
Tumor na mama

Média

Quase nula

Maturidade emocional

Cerca de 2 anos

Cerca de 2,5 anos

Fugas em busca de fêmeas

Muito menos

Nulas

Instinto territorial

Inalterado

Inalterado

Instinto de guarda

Inalterado

Inalterado

Desenvolvimento físico

Inalterado

Inalterado

A comparação é feita tendo como base os cães não castrados.

IDÉIAS ERRADAS
"Cão castrado é mais propenso a problemas de saúde."
FALSO: a probabilidade de pegar doenças não aumenta com a castração. Antes pelo contrário: a retirada de útero e dos ovários, ou testículos, acaba com a possibilidade de infecções e tumores nesses órgãos, e de complicações ligadas à gravidez e ao parto. Sem acasalamentos, as doenças sexualmente transmissíveis deixam de representar risco. Cai a incidência de tumores da mama.
"Acasalar deixa o macho emocionalmente mais estável."FALSO: dependendo das disputas, o acasalamento pode até causar instabilidade emocional.
"A fêmea precisa ter cria(s) para manter o equilíbrio emocional."
FALSO: não há relação entre os dois fatos. O equilíbrio emocional fica completo com a maturidade, que ocorre por volta dos 2 anos nos cães não castrados. Se uma cadela se mostrar mais calma e responsável depois da primeira ninhada, é porque amadureceu devido a ter avançado na idade e não porque se tornou mãe.
"A falta de prática sexual causa sofrimento."
FALSO: o que leva o cão à iniciativa de acasalar e exclusivamente o instinto de procriar, e não o prazer nem a necessidade afetiva. O sofrimento pode atingir machos não castrados se vivem com fêmeas e não podem cruzar: ficam mais agitados, agressivos, não comem e perdem peso.
"Castrar reduz a agressividade do cão de guarda."
FALSO: a agressividade necessária para a guarda é determinada pelos instintos territorial e de caça e pelo treinamento, sem ser alterada pela castração.



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